No site você ainda pode descobrir qual a poesia combina com você. Eu participei e aqui esta o meu resultado:
Poesia com olhar feminino
Sua alma é feminina e maternal. Você vê algo de encantador mesmo no mais trivial dos acontecimentos, e esse seu delicado otimismo contagia a todos ao seu redor. As crianças de sua vida adoram ouvir suas histórias e considerações sobre os mais triviais dos acontecimentos. Mesmo na tragédia e na melancolia você consegue mostrar a elas a beleza da vida.
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Poesia infantil: diga sim!
Poemas para crianças podem ser lúdicos, lindos e ainda deixar os pequenos mais sensíveis à leitura do mundo, como defende o Prof. Hélder Pinheiro
Você combina com:
1. "O último andar", de Cecília Meireles
2. "Colégio", de Henriqueta Lisboa
1. O último andar (Cecília Meireles)
No último andar é mais bonito:
do último andar se vê o mar.
É lá que eu quero morar.
O último andar é muito longe:
custa-se muito a chegar.
Mas é lá que eu quero morar.
Todo o céu fica a noite inteira
sobre o último andar.
É lá que eu quero morar.
Quando faz luz, no terraço
fica todo o luar.
É lá que eu quero morar.
Os passarinhos lá se escondem,
para ninguém os maltratar:
no último andar.
De lá se avista o mundo inteiro:
tudo parece perto, no ar.
É lá que eu quero morar:
no último andar.
MEIRELES, Cecília. O último andar. In: Ou isto ou aquilo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009. p. 35.
2. Colégio (Henriqueta Lisboa)
Dois a dois
dois a dois.
E a fila
serpentina
escorrega
nas escadas
estica-se
nos corredores
projeta-se
nos pátios.
Só o rumor
Tranquilo
dos passos
ritmados.
Do assoalho
batido
como um tambor
sobe poeira
para as narinas
dóceis.
Dois a dois
dois a dois.
A fila parece um barco
elástico
movido por inúmeros
remos.
LISBOA, Henriqueta. Colégio. In: O menino poeta – obra completa. São Paulo: Peirópolis, 2008. p. 72.
Foto: Caca Bratke; artesã: Tânia Pontes Alonso
Poesia educativa
Se é possível brincar e se educar ao mesmo tempo, por que excluir um do outro, não é mesmo? Você sempre encontra (ou cria!) brinquedos e brincadeiras que ensinem seus filhos, sobrinhos e alunos a ler melhor, contar melhor, conhecer países, animais e frutas e assim por diante. E, o mais legal de tudo isso, é que eles se divertem e pedem bis. Na poesia, fique de olho em trocadilhos e onomatopeias, ou em textos que ensinem um determinado conteúdo, como letras e números.Você combina com:
1. "O eco", de Cecília Meireles
2. "As letras", de Lalau
3. "Hora de dormir", de Cláudio Thebas
1. O eco (Cecília Meireles)
O menino pergunta ao eco
onde é que ele se esconde.
Mas o eco só responde: “Onde? Onde?”
O menino também lhe pede:
“Eco, vem passear comigo!”
Mas não sabe se o eco é amigo
ou inimigo.
Pois só lhe ouve dizer:
“Migo.”
MEIRELES, Cecília. O eco. In: Ou isto ou aquilo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009. p. 93.
2. (de L a O)
ONDE A LETRA L
DESCOBRIU O LOBO-GUARÁ?
NA COR LARANJA
OU NA LUZ DO LUAR?
A LETRA M
SEMEOU MACAQUICE.
E BROTOU MICO-LEÃO
NA MATA.
A PAIXÃO PELO MAR
FEZ A LETRA N
TRANSFORMAR-SE NUM PEIXE:
O NAMORADO!
OS BICHOS GRITARAM:
- OLHA A ONÇA!
E A LETRA O INVENTOU
A SURPRESA: OHHHH!!!
LALAU E LAURABEATRZ. As letras [DE L A O]. Barueri: Amarilys/Manole, 2009.
3. Hora de dormir (Cláudio Thebas)
Na hora de dormir,
eu sou que nem a luz do quarto:
fico brincando, não canso, brincando...
A luz brilhando, no alto, brilhando...
Aí...
meu pai me chama,
me leva pra cama,
me faz um afago.
Clic,
ele apaga a luz.
E clic,
eu também apago.
THEBAS, Cláudio. Hora de dormir. In: Amigos do peito. São Paulo: Formato, 2005. p. 28.
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